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Cospe Fogo Gravações
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O Grotesco e o Desespero

by Aphorism

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1.
Sei de cada momento, desprezo cada revés A indiferença amplia a percepção O futuro sonhado apenas replica os erros do passado O que há de real naquilo que se deseja inutilmente Do que não se pode ter ou vivenciar Somos o resultado de inúmeras ilusões coletivas E o que construímos se tornou inóspito Que conto resiste a doses maciças de realidade Que verdade se alimenta de uma noção equivocada das coisas Trate como natural e tudo se justifica por si só? Independente de qualquer indagação ou dúvida? Recuso-me a afundar neste sufocante terreno E se o tempo passa para destruir Sigo ileso pelo rastro da destruição
2.
Vela Negra 01:16
Surgindo como o esquecimento A vela negra esvazia da memória a sede sem fim Um sopro de horror no fim da jornada Um frio que entorpece o olhar Essa cova líquida é a mais gentil que senti Com fúnebres algas sou presenteado A âncora que não foge da descida espiral E alimenta a escuridão faminta Foi anunciado com silêncio O retorno de um corpo não nascido
3.
Envolto naquilo que odeia Pressente que as habituais ilusões Já não lhe bastam mais Sente o ardor do fim Da conclusão das inúmeras fugas Convergindo em direção à liberdade Um alento final, um vislumbre de paz Antecede o inevitável mergulho No caos ininterrupto que lhe tira da estagnação E o corpo ascende Sem ordem, sem ídolos
4.
Letargo 01:56
No rosto que a sensibilidade se foi A tranquilidade expressa a inutilidade dos sentidos Com quantos significados construiu esse corpo E de quantos momentos precisou para os perder Buscar o que respirar enquanto mergulha no lodo Sem margens para se apoiar Sem força, sem luta, sem auxílios Mas desde quando deixou de se importar? Porque neste rosto insensível Ainda estalam os mesmos cuspes e socos E então apenas submete-se ao que lhe escorre pela face Desprezo e sangue
5.
Ruínas 01:24
É do subsolo Que vozes clamam pelo fim Tomados pelo breu Violentados pela claridade Os berros de muitos ecoando Nos poucos ouvidos afortunados Que os ignoram enquanto ainda podem Nutridos pela ilusão de segurança Provocada pela equivocada concepção De que suas posições são inatas e inexoráveis Então abraçam seus torpes princípios e heróis Superestruturas que seguem lentamente ruindo Perante os clamores dos que ainda acreditam Que um dia caminharão sobre suas ruínas
6.
Permanecemos paralisados Olhando um futuro que não se anuncia Alimentado por um presente inócuo Somos eu, você e eles Somos o conjunto, a soma Uma sociedade que já nasce falida Alicerces fajutos, estrondosos ruídos denunciam cada passo Seguindo em frente, caminhando pra trás Tudo que conquistamos pode ser tirado de nós Enquanto dormimos, enquanto nos fingimos de mortos Enquanto apenas escutamos E tudo se esvai Escapando por nossas mãos inertes
7.
É no vislumbre de sua derrocada E no desvanecer dos seus valores Que fomentamos nossa vivacidade Notar suas mãos vazias Seu discurso de ódio se perdendo em sua natureza estúpida Ideias e ideais apodrecidos Mortos em sua essência, vazios em sua existência Vocifera pelo que ainda lhe resta de privilégio Uma voz desesperada em seu último ganido Que sinta toda dor que provocou Enquanto submerge no chorume da História
8.
Indômito 01:47
O que cresce em mim E faz eliminar o que me afoga É sobre desconstruir Sobre estar vivo e sentir sangrar Acordar vazio e preencher o nada Soltar amarras e destruir grilhões É sobre o que não os convém Eliminar qualquer programação Longe do estabelecido, do mesmo lugar Seguir alimentado Mãos permanentemente cerradas Indomado e intragável
9.
Infâmia 03:07
Olhe esse reflexo podre que lhe espelha E talvez possa prever o que se passa O rosto cansou, a vontade se perdeu Sinta o ombro maculado pelo peso das falsas promessas E nada mudou, e tudo se foi O que resta quando o que foi almejado Concretiza-se como mais uma falácia É sua face que sorri para os anos passados Insanidades de um tempo em que a inconformação lhe era permitido Permissão revogada e uma conjuntura pronta para lhe asfixiar Sirva-se do que se transformou Deste cheiro insosso que exala E no peito apenas aquele sentimento queimando É o retrato de tudo o que sempre odiou
10.
O Insulto 02:59
Por mais momentos em que se mostrem E tragam o real estado das coisas É quando sinto as consequências da ignorância A proteção irreal daquilo que não se vê A dissimulação precisa ser notada Não tenho interesse em estar rendido Vitimado pelas inconsistências das suas existências Suas competições não me atraem Permeado por pequenas derrotas O fato é que toda vitória é inútil Enxergo em meio à neblina E estou pronto para o revide

about

Gravado e mixado por Dill Pereira no Estúdio Ruído Rosa entre dezembro de 2017 e janeiro de 2018 em Salvador / BA.

Masterizado por Gabriel Zander no Estúdio Costella em janeiro de 2018 em São Paulo / SP.

Capa por Ars Moriendee.

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Recorded and mixed by Dill Pereira at Estúdio Ruído Rosa between december 2017 and january 2018 in Salvador / BA.

Mastered by Gabriel Zander at Estúdio Costella in january 2018 in São Paulo / SP.

Artwork by Ars Moriendee.

credits

released January 29, 2018

Tropical Death | Oxenti Records | Cospe Fogo Gravações | Resistência Underground Distro e Prod | Vômito de Gato Distro

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Aphorism Salvador, Brazil

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