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Exerc​í​cios de Insubmiss​ã​o

by Aphorism

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1.
É quando se olha pra trás e no espelho a juventude se foi. Encontra-se pronto para reeditar privilégios. O que resta é o velho caminho. Previamente traçado e vivido. Que melhor história contar senão a mesma. Com seus personagens pálidos e oportunistas. A maturidade é reconhecer que não há saídas? Estar pronto para assumir seu papel. A liberdade herdada. É sempre mais fácil desistir daquilo que já se tem.
2.
Desabono 02:31
Descreva com sua torpe eloquência a inverdade. Pressione contra o corpo as mãos vazias de mais um dos derrotados. E nós não vamos nos sentir melhores. Mais uma vez deixamos esperança para outro dia. Porque hoje tudo continua tão estúpido e irreal quanto ontem. E não estamos prontos para ver o que nos tornamos. E não estamos prontos para ver o que iremos nos tornar. Apenas esperando pelas mesmas mentiras. Nutridos pela perspectiva de continuarmos a acordar imersos em nossa tolice. Pois sempre teremos uma desculpa para sermos uma mentira para nós mesmos.
3.
Então, ainda respiro. O ar chega ao meu pulmão. Sujo, mas suficiente. Desperto confuso, satisfeito e cruel. Traçando destinos, perdido entre eles. Contradizendo prognósticos. Pronto para a próxima batalha. Meu corpo pode falhar, mas só por alguns segundos. Presumidamente assumi o controle. E isso parece ser o necessário. Posso ser o seu fracasso, mas me sinto bastante real.
4.
Morta Vida 02:39
Um corpo que cai. Desprivilegiado pelo tempo. Corroído e combalido. A rotina da espera. Mais um dia, por favor. O travesseiro duro. Interminável alvorecer e uma manhã cinza qualquer. Um terno puído. Mais realidade do que necessário. Contração na face, aquele contumaz sorriso amarelo. E estamos prontos.
5.
Os olhos se perdem ao tentar vislumbrar algo que nunca existiu. A materialização dos receios pode não significar o definitivo terror. Mas o que somos nós, então, diante da decepção. Da inefável condição de morte e inutilidade das expectativas. Somos aquilo que escolhemos ser ou apenas o reflexo da falta de coragem e excesso de inércia? O desconhecimento exaspera, o ilusório atormenta e o contexto nos mata.
6.
Azedume 02:15
Em resposta está a ironia. Eu sei que posso sorrir. Posso agredir gratuitamente. Motivação é apenas um acessório. Desacredito no que vejo e perco facilmente a razão. Um baluarte da incoerência. E ainda assim estou certo. O mais próximo do correto que a imbecilidade permite. Um homem de bem. Concreto e tangível. Tolo e estúpido.
7.
Náusea 02:27
Em pedaços está a história. E nos entremeios alguém deslocado. Um transeunte que não busca sentidos. Sem redenção ou salvadores. O ambiente naturalmente o expele. Involuído ou evoluído demais. A rapidez do tempo nauseia. A fluidez do meio enoja. E se ainda está aqui, deve tudo à abstrata noção de que a repulsa é apenas uma etapa.
8.
Regozijo 01:23
Um tiro rápido e certeiro. Sem tempo para o gozo da claridade. Da escuridão à lama cinzenta outrora aconchegante. Hoje o quente e macio que se torna fétido e frio. O prazer de saber que causou um grande estrago. Sem pesar para consequências ou apelar para consciências. Regozija-se. Mas ainda sente o amargo. E o desgosto de não poder apreciar a arte que fez.
9.
Momentos que figuram na memória e nos trazem o que um dia foi orgulho. Despedaçado e irreal. Escurece o que havia de ávido. E estamos mais uma vez a beira da queda. No limite do suportável, no limite do fim. Buscando ar, respirando poeira. Engasgados com as palavras de algum famoso filósofo. Apenas caricaturas do que sempre existiu. Verdades que morrem, verdades que nascem. Verdades que continuam sempre iguais.
10.
Tomado pelo desespero que alimenta o instinto voraz. Heróis à beira da loucura compartilham de um ódio gratuito. Sem compaixão, sem pesar. Estão todos largados ao crivo. Com o único e exclusivo dever, matar. E o cheiro pútrido dos cadáveres de corpos decompostos, é um privilégio para poucos.
11.
À Revelia 02:01
Ilumine minhas ideias se lhe pareço perdido. Se me guiar parece confuso, talvez seja essa a intenção. O literal nunca me levou a lugar algum. Vivo perdido nos entremeios de alguma teoria. Sobre qualquer merda sem grande importância. Sou vencido por qualquer derrotado. Mas me sinto realmente bem. Estou longe de todos vocês e perto de todos os lugares. O suficiente para estar sozinho sem se sentir tão só. Sou aquilo que nunca planejei. O resultado de inúmeras incongruências. E quando me olho profundamente. O que vejo de vil e sombrio. Já não carrega consigo qualquer tipo de peso ou lástima.

about

Gravado por Vicente Fonseca no Bunker Studio entre abril e maio de 2015 em Salvador / BA.

Mixado e masterizado por Gabriel Zander no Estúdio Superfuzz em maio de 2015 no Rio de Janeiro / RJ.

Capa por Hugo Silva (Abacrombie Ink).
Projeto Gráfico por Leo Vilas (Estúdio Visita).

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Recorded by Vicente Fonseca at Bunker Studio between April and May 2015 in Salvador / BA.

Mixed and mastered by Gabriel Zander at Estúdio Superfuzz in May 2015 in Rio de Janeiro / RJ.

Artwork by Hugo Silva (Abacrombie Ink).
Album Graphic Design by Leo Vilas (Estúdio Visita).

credits

released September 1, 2015

Tropical Death | Oxenti Records

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Aphorism Salvador, Brazil

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