1. |
Tormenta
01:08
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Parece lógico
O deserto que se alastra
Ermo e imponente
Na euforia e no silêncio
A mente que se perde
Na dualidade da sua doença
Tempestade dicotômica
Partículas desconexas
Ao sucumbir do equilíbrio
A percepção disforme
Latente e irreal
O desespero abraça seu sentido
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2. |
Onde Circunda o Sádico
02:15
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Entre a política e a existência
O passeio insalubre por palavras repulsivas
Esvaziando o peito ególatra
Com seus desenhos disformes
Decalca o que desconhece
No centro, ignore as periferias
Tudo tão branco, claro, cego
Aguardando pelos efusivos aplausos
Das aves de rapina que espreitam
Enquanto esperam pelos corpos
Daqueles que ousam questionar
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3. |
Peste
02:18
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Enquanto praga aqui está minha rubrica
Enxergo-me em tantos contextos
Hospedeiro e vítima
De tantas incertezas
De objetivos e desejos frustrados
Assumo a autoria de qualquer tolice
Desde que inútil o suficiente
Para me deleitar com mais uma decepção
Espalho a derrota dos infrutíferos
Daqueles que não contribuem
E para cada dia improdutivo
A esperança de uma nova chaga
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4. |
Obscuridade
02:08
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Entre o brilho e a neblina
Distância e descaminho
Noites subscrevem a alvorada
E não há sono ou insônia
O duo que não se completa
Nos traga para um contexto de batalhas vazias
Ao lado de nada, um gosto que engana
O que há para sentir
Açucarado, amargo ou insosso
Reacenda o pavio
E com o que lhe resta de luz
Vislumbre o gosto que lhe sufoca
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5. |
Entranhas do Subsolo
01:42
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São tantas vozes dispersas
Atingem sem nunca tocar
Acompanha o ardor de suas certezas
E a eloquência que devasta
Não é aquele que escolhem acolher
É o silêncio que não se conecta
O isolamento que reflete desconforto
Sente as presenças e o frio
A conclusão deturpada sobre a solidão
E entre anseios e escolhas
Sorri para sua indignidade
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6. |
Carcaças
01:15
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Imerso nessa imundície
O soar da lama como verdade
Apreendida enquanto se dobra
E vende mais um pedaço de si
A camisa é fétida e a veste
Orgulho enquanto se dilacera
A retórica vencedora dos derrotados
Absorve tudo o que um dia foi substancial
Até que restem apenas carcaças
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7. |
Vórtice
02:17
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Em qual fascínio se perdeu
Quando alvitrou a paz
Alguns toques e a verdade
Enxergando além do tangível
A insuficiência da essência preenchida
Em qual amargura se prendeu
Enquanto a concretude se esvazia
O belo se desfigura
E o irreconhecível se torna conforto
Sente o que se foi
Sem a referência de quando partiu
O tempo em irrelevância
Enquanto dor que não pede cura
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8. |
Infecto
02:41
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Tenho algo para odiar
Ideais que renascem
Num ciclo pérfido de histórias já contadas
E lições não aprendidas
A desmemória é voluntária e cretina
E o contexto distorcido
Ocultam o abjeto
E o cheiro fétido que exalam
Até que não haja mais o que inspirar
Sejamos asfixiados?
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